segunda-feira, 8 de julho de 2013

Soares e o deserto

Mário Soares já não ouve, só fala.

Mário Soares prega para um deserto cada vez mais árido

O Egito é uma advertência sobre o que sucederia entre nós se as FFAA não tivessem sido reduzidas à mínima expressão, curiosamente pelos sucessivos governos do Bloco Central.

O regime extrativo português morreu, e o devorismo que dele ainda sobrevive (protagonizado pelas elites rendeiras, corporativas e burocráticas) tem os dias contados, apesar dos estragos que continua a fazer.

Portugal perdeu um paradigma de sustentabilidade (o de colonizador colonizado) que durou 600 anos (1415-2015), e não sabe onde, nem como, criar ou agarrar-se agora a nova quimera que mantenha o país inteiro e independente.

Compete às novas gerações descobrir e fazer esse caminho.

Ao contrário do que nos quiseram fazer crer, os herdeiros de Salazar foram péssimos políticos, corruptos sem vergonha e gente muito ignorante, conservadora e egoísta, sem um pingo de generosidade para com os seus próprios filhos e netos, que remeteram para uma espécie de prisão sem oportunidades. Como Urano, se pudessem, voltariam a devorar o fruto tenro da sua própria carne.

Cronos, o deus do tempo, porém, é implacável, e Gaia renascerá das águas fecundadas pela flor da vida, apesar da História. Deixemos chegar as novas estações da Terra e da Carne! 


António Cerveira Pinto

Sem comentários:

Enviar um comentário