quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Metamorfose dolorosa


O problema já não é de 'esquerda', nem de 'direita'


Os gráficos não são muito diferentes nos EUA e na Europa.

O crescimento pseudo-keynesiano conduziu, a partir de meados da década de 1970, as duas zonas mais ricas do planeta à desindustrialização, à destruição da poupança, à criação de empregos virtuais e/ou improdutivos, e ao sobre endividamento.

As principais bolhas, imobiliária; automóvel; do acesso gratuito ou quase gratuito ao ensino público, à saúde e outros bens sociais, como os prolongados subsídios de desemprego, ou as pensões e as reformas sem capitalização suficiente; da expansão das burocracias, nomeadamente públicas; e da especulação financeira, servida por uma monumental inflação monetária, com criação de dinheiro a partir do nada, estão a rebentar uma a uma, deixando estes centros económicos e as periferias de que se alimentaram até agora em estado de choque.

O problema criado não tem sequer uma origem ideológica.

Liberais e sociais-democratas jogaram ambos a mesma carta da expansão monetária, do crédito barato e do crescimento da dívida privada e pública. As democracias populistas, com os seus grupos de pressão bem organizados e representados, não deixaram outra saída. Teria sido necessária muita imaginação para escrever o necessário texto de um novo contrato social à luz da globalização objetiva e à luz da chamada 'tragédia dos comuns' que resulta da escassez dos principais recursos energéticos e naturais que alimentaram a civilização industrial da abundância.

A procura agregada mundial, quer por efeito do crescimento demográfico, quer por efeito de uma redistribuição mais ampla e menos injusta das infraestruturas e dos bens de consumo entre países desenvolvidos e países sub ou menos desenvolvidos, já não pode ser satisfeita pela oferta agregada mundial. Se aumenta a pressão da procura sobre a oferta, os preços inevitavelmente sobem, a menos que haja almofadas financeiras a mascarar a realidade (endividamento). Porém, se os preços sobem —e quando os níveis de endividamento privado e público se tornam insustentáveis, os preços sobem mesmo—, os países entram imediatamente em processos de recessão. Em sentido amplo estamos, pois, num processo irreversível de empobrecimento que é e será inevitavelmente desigual e potencialmente explosivo.

Como temos visto desde os saques de Londres e da Primavera Árabe, às tragédias de África, da Líbia, no Egito, na Síria, na Tailândia, na Venezuela ou na Ucrânia, a revolução está na rua. Falta-lhe, porém, um manifesto ideológico internacional convincente. E a pergunta a fazer é esta: porque não aparece esse manifesto?

Porque é que a revolta que alastra pelo mundo não tem ideologia, nem rumo, nem redenção possível? A minha resposta é esta: porque a metamorfose social necessária vai custar ainda muito sangue, suor e lágrimas, e provavelmente implicará a destruição/implosão dos edifícios financeiros, burocráticos e constitucionais que nos habituámos a considerar indiscutíveis e eternos.

“Eu sou ministro da energia, não sou ministro das energias renováveis” - PÚBLICO

Um passo na direção certa


JORGE MOREIRA DA SILVA (ministro): “No que tem a ver com a micro-geração, avançaremos, nas próximas semanas, com o regime do auto-consumo, de modo a que cada um de nós possa, em nossa casa, produzir para consumo próprio electricidade e não estar apenas ao abrigo de um regime de venda desta electricidade à rede, como era o regime da micro-geração. Esta aposta vai não apenas fomentar a aposta nas energias renováveis, na medida em que será utilizada para auto-consumo, mas vai dinamizar a actividade económica dos pequenos e médios instaladores, do cluster do fotovoltaico.”

“Eu sou ministro da energia, não sou ministro das energias renováveis” - PÚBLICO

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Fraude, ditadura e sangue na Venezuela de Maduro

Corram com o ditador Maduro, já!



Venezuela a ferro e fogo. Um governo, o de Nicolás Maduro, que assassina os seus estudantes merece o nosso irrevogável desprezo. Qual é a posição do governo português sobre esta ditadura falida que ascendeu ao poder por meio de uma escandalosa fraude eleitoral?

Que posição tomaram ou tencionam tomar o primeiro e o vice-primeiro ministros de Portugal sobre esta intolerável situação?!

Qual é a posição do civilizado Poiares Maduro, membro do governo encarregue de proteger a RTP como ferramenta de propaganda nacional, sobre o que se está a passar na Venezuela. Onde está a informação?!

Maduradas: vídeos sobre a intolerável ditadura de Nicolás Maduro.

Um programa para a Europa



  1. defesa desburocratizada, descentralizada e eficiente do bem comum;
  2. garantir a segurança, a solidariedade e a paz social na Europa;
  3. reforçar as liberdades democráticas e o sistema de justiça europeu;
  4. instaurar rapidamente a união bancária e defender intransigentemente o euro como moeda de reserva mundial;
  5. modernizar radicalmente as infraestruturas de transportes;
  6. promover a eficiência e inovação energéticas na Europa, a par do desenvolvimento de uma política de paz no acesso às fontes primárias de energia fóssil;
  7. defesa da água, da terra e da qualidade ambiental como bens estratégicos inalienáveis de primeira importância
  8. alívio fiscal e recuperação dos danos causados às classes médias durante a grande crise sistémica do Capitalismo iniciada em 2007-2008. 
António Cerveira Pinto (promotor do Partido Democrata)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Why The Next Global Crisis Will Be Unlike Any In The Last 200 Years | CYNICONOMICS

Em breve seremos todos argentinos!



Why The Next Global Crisis Will Be Unlike Any In The Last 200 Years | CYNICONOMICS

Um partido que cure


Algo me diz que os 'socialistas' e a 'esquerda' em geral vão entrar num processo longo e doloroso de fragmentação. Tempo para que nasça um novo partido democrata, com uma agenda corajosa, capaz de curar um país profundamente doente e de lançar as sementes de uma sociedade democrática justa, criativa e amigável, decidida a levar à prática uma agenda ecológica radical.

António Cerveira Pinto