domingo, 30 de junho de 2013

Um milhão de formigas



Crie uma base PD onde quer que esteja

Duas formigas são suficientes para criar uma Base do Partido Democrata. 

Cada nova Base PD que reconheça o Programa publicado neste blogue oficial do Partido Democrata poderá aceder à condição de administrador da página do PD no Facebook —como criador de conteúdos, moderador ou analista de estatísticas—, contribuindo deste modo para a formação da colónia de UM MILHÃO DE FORMIGAS DO PARTIDO DEMOCRATA.

Sonhamos com um Portugal solidário, justo, decente e razoavelmente próspero.


Quem nos empurrou para o buraco não sabe como sair dele...

Nova normalidade

Viver com menos, até quanto menos?

New normal, ou a nova normalidade do empobrecimento global

Crise: Idosos cortam na despesa com medicamentos
Um terço dos idosos está a cortar nas despesas de saúde devido à crise, segundo o Público. As consultas particulares, compra de óculos e aparelhos auditivos e medicamentos são as áreas onde os idosos mais estão a ‘poupar’. Notícias ao Minuto, 30/6/2013.

Uma triste realidade: em Portugal, país empobrecido por uma democracia irresponsável, corrupta e populista, os velhos cortam nos remédios:(

Mas atenção, Turismo: não tardaremos a ver este efeito de retração refletido no turismo mundial e na indústria aérea — parte da qual se encontra, aliás, há já vários anos, embora disfarçadamente, ao cuidado das unidades de subsídios estatais intensivos, como tem sido patente no poço sem fundo que é a TAP.

A queda da procura agregada global, de que o fim do crescimento inflacionista dos chamados países emergentes é a mais recente evidência, está a destruir o mundo que nos habituámos a sentir como normal e eterno. Este mundo morreu. Estamos já numa NOVA NORMALIDADE, de correções sucessivas, de estupefação, de injustiça crescente, destruidora da classe média e onde as desigualdades estão a agravar-se de forma criminosa e aparentemente inelutável.

Por tudo isto é preciso refundar a democracia. 


Por tudo isto precisamos do Partido Democrata, pois os partidos que nos trouxeram alegremente até à insolvência e desorganização social iminente, não serão capazes de nos tirar do atoleiro que criaram. Basta reparar na procissão pornográfica em que se transformou o processo das próximas eleições autárquicas.

Menezes: fora!

Um candidato sem vergonha, um partido sem emenda

A intenção da lei é clara. Não tem duas interpretações possíveis. 

Se não houvesse outros candidatos e se os tribunais decidissem contra a lei, o caminho que nos restaria seria o de promover um boicote das próximas eleições autárquicas.

Não só no conteúdo, como na falta de forma, as recandidaturas dos caciques autárquicos está impedida por lei, apesar de esta ter sido intencionalmente mal redigida pela partidocracia parlamentar.


O Movimento Revolução Branca é parte interessada na decisão do Tribunal Constitucional sobre a candidatura de Luís Filipe Menezes, à Câmara do Porto. Foi ele que moveu os processos quer contra Menezes, quer contra muitos outros candidatos. O Movimento diz que Menezes está de facto momentaneamente impedido de se candidatar e avisa que, se apresentar a candidatura, lhe move uma acção por desrespeito pelos tribunais. RTP — 29 Jun, 2013, 14:15 / atualizado em 29 Jun, 2013, 14:41.

No entanto, deve ficar claro que a lei sobre a renovação dos mandatos de cargos públicos, eleitos ou de nomeação, deve obedecer a um critério único e universal: limitação a dois, no máximo três exercícios. O argumento sebenteiro do PCP, de que um cidadão não pode ser cerceado nos seus direitos constitucionais (nomeadamente o de ser eleito para funções e cargos públicos) não cola. O cidadão pode candidatar-se, sim, não pode é eternizar-se nos lugares, porque este vício corrompe a democracia. Ao longo da vida qualquer cidadão que queira prestar serviço público ou exercer cargos políticos tem muito por onde optar. Poderá, se quiser e se para tal reunir o apoio dos seus concidadãos, passar toda a sua vida adulta candidatando-se e sendo eventualmente eleito para os mais variados cargos, funções e sinecuras. O que a democracia deve acautelar, como não acautelou até hoje, com os resultados perversos que se conhecem, é permitir que um direito democrático seja o passaporte para a captura de uma democracia por famílias sem vergonha, partidos omnipotentes, corporações, bancos, congregações religiosas, máfias, tríades e maçonarias.


Luís Filipe Menezes considera estranho que a decisão do Tribunal Constitucional seja interpretada como um impedimento à candidatura à Câmara do Porto. Ontem, uma juíza do palácio Raton rejeitou o recurso de Menezes que contestava a legitimidade do Movimento Revolução Branca. Hoje, o ainda presidente da Câmara de Gaia reiterou à RTP que nada o impede de ser candidato ao Porto e anunciou que vai ser o primeiro a formalizar a candidatura. RTP, Paula Rebelo/Pedro Amanajás/José Luís Carvalho 29 Jun, 2013, 14:45 / atualizado em 29 Jun, 2013, 14:57.

A bravata de um cacique infeliz, símbolo do pior que há na partidocracia portuguesa: o machismo estúpido e arrogante.

António Cerveira Pinto

sábado, 29 de junho de 2013

Primeira Presidente da República?

Assunção Esteves, Presidente da Assembliea da República
Foto: Enric Vives-Rubio, Público.
Assunção Esteves, sucessora da Cavaco Silva na presidência? É uma possibilidade!
Nos meios políticos em que as soluções se constroem, o nome de Assunção Esteves tem sido ventilado regularmente como uma possibilidade para preencher uma candidatura à direita, para desfazer um novelo envolvendo nomes como Durão Barroso, Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes e Santana Lopes, para citar apenas os mais sonantes. E diga-se que a actual presidente da Assembleia tem sabido amealhar um capital de simpatia em todos os quadrantes que lhe abrirá eventualmente um papel determinante na corrida a Belém, até porque não era despiciendo admitir que viesse a receber um apoio simpático do eleitorado feminino e de sectores moderados.

Eduardo Oliveira Silva. i online, 29/6/2013.

Esta possibilidade é certamente melhor do que a do titubeante António Costa, do que a do mitómano José Sócrates, ou do que a do Barroso que abandonou o posto por um prato de lentilhas. Os candidatos pró-forma do PCP e do Bloco não fazem sequer parte desta conversa, nem do campo das possibilidades. Mesmo Paulo Portas, apesar de brilhante, seria sempre um candidato imprestável, dada a sua natureza intrinsecamente maquiavélica.

Precisamos de renovar a democracia, de a limpar de alto a baixo da porcaria que minou o regime e conduziu o país à falência. Mas esta necessidade imperiosa não é ainda caso para conspirar por uma revolução. 


A par da emenda drástica e obrigatória do sistema partidário que temos, também será preciso dar e ajudar a dar pequenos passos na direção certa.

Assunção Esteves, apesar do pecado da sua escandalosa pensão de reforma, que não é só um pecado dela, mas de todos os juízes do Tribunal Constitucional e de outras sinecuras da corrompida democracia que deixámos medrar como uma hidra, é uma hipótese a considerar, observar e seguir com atenção.


Quanto às reformas impagáveis pelo insolvente estado social que criámos e deixámos inchar e corromper até à exaustão, mudanças drásticas terão que ser discutidas e assumidas, por todos e com justiça. Pela via fiscal, que é o pior caminho, até agora seguido pelo talibã Gaspar, ou pela via da imposição universal de limites máximos às pensões de reforma pagas pelo Estado, que é a solução mais razoável e justa, aplicada aliás em países tão ricos como a Suíça e a Suécia.

Por fim, se António José Seguro continuar a envolver a maioria parlamentar numa agenda de mitigação partilhada das asneiras do governo, se limpar o PS da canga devorista que não se cala, e se, por fim, souber rodear-se de bons conselheiros e desenhar uma agenda política realista, a probabilidade de ganhar as próximas legislativas será enorme, e o terreno preventivo de um governo de emergência nacional (no caso, provável, de precisarmos de renegociar a insuportável dívida pública que temos) estará então alinhavado.

Num cenário destes, que parece agora mais provável do que quando Mário Soares continuava a dar ordens ao PS, ao país e ao mundo, e ainda havia quem o lesse e ouvisse, colocar os ovos da próxima eleição presidencial na jovial Assunção Esteves (que um dia destes terá que confessar o seu pecadilho e prometer corrigi-lo) terá todas as condições para ser a futura e primeira presidente da república portuguesa. Os machos não deram boa conta do recado!


 António Cerveira Pinto

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Um milhão de formigas



Crie uma base PD onde quer que esteja

Duas formigas são suficientes para criar uma Base do Partido Democrata. 

Cada nova Base PD que reconheça o Programa publicado neste blogue oficial do Partido Democrata poderá aceder à condição de administrador da página do PD no Facebook —como criador de conteúdos, moderador ou analista de estatísticas—, contribuindo deste modo para a formação da colónia de UM MILHÃO DE FORMIGAS DO PARTIDO DEMOCRATA.

Sonhamos com um Portugal solidário, justo, decente e razoavelmente próspero.


Quem nos empurrou para o buraco não sabe como sair dele...

segunda-feira, 24 de junho de 2013

2008-2.0?

A velha-nova Xangai vista de Pudong.

Tempestade financeira regressa em força

Bolsa de Xangai: SSE Composite fecha em queda de 5,3%Yahoo Finanças, 24 jun 2013.

Banca afunda bolsa nacional para mínimos de Dezembro

A bolsa nacional acentuou a tendência de perdas, encontrando-se agora a cair mais de 2%, com uma forte pressão da banca, em especial BCP e BES que recuam mais de 5% — in Jornal de Negócios, 24 jun 2013.

Os bancos temem o fim do dinheiro fácil dos bancos centrais. A ameaça de insolvência regressa para muitos deles. Desta vez não haverá resgates criminosos, como o do BPN.

Ben Bernanke anunciou a diminuição temporária do torrencial de liquidez que tem alimentado artificialmente as bolsas, os bancos e os governos de todo o mundo; o Eurogrupo anunciou, por outro lado, que futuros resgates, nomeadamente de bancos, contará com o chamado 'bail-in', ou seja, uma responsabilização prévia dos detentores de obrigações dos bancos e até depositantes com contas superiores a 100 mil euros, antes de passar a fatura, como têm feito até agora, aos contribuintes, sem passar pela casa de partida, ou seja, pelos investidores e especuladores que financiaram as lógicas aventureiras (e por vezes criminosas) das instituições bancárias e financeiras que se dedicaram ao crédito fácil armadilhado com os famosos produtos complexos (chamados 'tóxicos'): os Credit Default Swaps, CDS, ou SWAP.

O dinheiro que se dirigiu para os mercados emergentes tenderá a retrair-se desses mercados, e por esta via, as empresas, nomeadamente da construção, energia e telecomunicações, que divergiram parte substancial da sua atividade para estes mercados, já estão a sofrer fortes quedas em bolsa, e poderão em breve voltar a ter graves problemas de insolvência por resolver, pressionando  ainda mais os bancos entretanto forçados a uma dieta de dinheiro fácil por parte da FED, do BCE e do próprio PBOC. Veremos até onde dura a anunciada quarentena do Quantitative Easing e do LTRO. Para já, os juros das dívidas soberanas reiniciam movimentos de subida, forçando um ajustamento ainda mais brutal da despesa pública. Os governos vão ter mesmo que encontrar maneira de encolher sem perder a cabeça! Crescimento? Talvez, mas não pela via do consumo público direto e indireto.

Bancos e mais empresas serão forçadas a fechar portas. Mais fusões a caminho. Onde irá agora a EDP financiar a sua gigantesca dívida? Em Pequim? Mas não era esse o objetivo dos chineses! Finalmente, as tensões entre estados e entre regiões estratégicas podem assumir rapidamente formas violentas de nacionalismo económico. Um verão quente no horizonte e um outono possivelmente explosivo em várias partes do planeta.

O forte abalo de hoje na bolsa de Xangai é o efeito imediato de o Banco Popular da China ter anunciado, em linha com a FED e com o BCE, e sobretudo com a declaração do BIS (ver citação abaixo), que os níveis de liquidez na economia chinesa eram suficientes, e que os bancos deveriam controlar eles mesmos os riscos de liquidez assumidos.


O buraco negro de derivados OTC (especulativos) começa finalmente a assustar bancos centrais e governos de todo o mundo. Por outro lado, por mais liquidez que se crie, o endividamento público continua a crescer, o desemprego continua a crescer e o abrandamento e estagnação das economias instalam-se num número crescente de países.

Esta declaração de Jaime Caruana, do (banco dos bancos) Bank of International Settlements (BIS), proferida ontem, dia 23 de junho, resume bem o que aí vem...

Can central banks now really do “whatever it takes”? As each day goes by, it seems less and less likely... Six years have passed since the eruption of the global financial crisis, yet robust, self-sustaining, well balanced growth still eludes the global economy. If there were an easy path to that goal, we would have found it by now.

Monetary stimulus alone cannot provide the answer because the roots of the problem are not monetary. Hence, central banks must manage a return to their stabilisation role, allowing others to do the hard but essential work of adjustment.

Many large corporations are using cheap bond funding to lengthen the duration of their liabilities instead of investing in new production capacity.

Continued low interest rates and unconventional policies have made it easy for the private sector to postpone deleveraging, easy for the government to finance deficits, and easy for the authorities to delay needed reforms in the real economy and in the financial system.

Overindebtedness is one of the major barriers on the path to growth after a financial crisis. Borrowing more year after year is not the cure...in some places it may be difficult to avoid an overall reduction in accommodation because some policies have clearly hit their limits.

— in ZeroHedge (o pdf do BIS está disponível neste artigo)


António Cerveira Pinto

sábado, 22 de junho de 2013

A formiga do PD

Proposta de designação, logo, símbolo e cores #2

A designação do próximo partido é um processo aberto. Começámos por lhe chamar NPD—Novo Partido Democrata. Mais tarde simplificámos para PD—Partido Democrata. Até à formulação final é vindima :)

Em breve teremos que preparar um processo de registo, com duas alternativas em matéria de denominação e símbolos, para a legalização do partido junto do Tribunal Constitucional.

Faltam as célebres 7500 assinaturas. Mas lá iremos.

Também a consigna principal do próximo partido está em discussão.
  • Sem classe média não há democracia, sem juventude não há futuro
  • O país que queremos
  • Sonhamos com Portugal
Envie-nos as suas ideias, envie-nos a sua proposta!

+D

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Dívida pública a retalho?


As pradarias estão secas de injustiças várias e de corrupção.

Quando a esmola é grande o pobre desconfia
A bolsa de Lisboa encerrou a sessão e a semana a negociar no vermelho, tal como as principais congéneres europeias, registando a sexta semana de perdas consecutivas. A praça nacional foi a segunda que mais recuou na Europa. O sector energético foi o que mais pressionou no encerramento — in Jornal de Negócios, 21 jun 2013.

O ministro das Finanças revelou hoje, no Luxemburgo, que o Estado planeia dar a possibilidade de subscrição de títulos do Tesouro aos particulares, face ao aumento significativo da poupança das famílias portuguesas — in Jornal de Negócios, 21 jun 2013.

A queda nas bolsas europeias e mundiais é uma consequência direta da última conferência de imprensa dada por Ben Bernanke (Benjamin Shalom Bernanke).

O presidente da Reserva Federal americana anunciou entre dentes que a hemorragia monetária conhecida por Quantitative Easing (através da qual o Tesouro dos EUA aumenta de forma aventureira a quantidade de dólares no mundo, i.e. a sua base monetária) iria possivelmente abrandar.

Ou seja, a liquidez que tem servido aos maiores especuladores do planeta —os quatro super bancos americanos (JPMorgan, Citi, Bank of America, Goldman Sachs), o inglês HSBC e o alemão Deutsche Bank—, e ainda a muitos outros bancos e fundos de investimento especulativo, para alimentar as bolhas imobiliárias em todo o mundo, a bolha estudantil nos Estados Unidos, e a gigantesca bolha das dívidas soberanas, nomeadamente na Europa, ao encolher, ou ameaçar encolher, faz disparar os juros do dinheiro e as rentabilidades esperadas do investimento especulativo — o qual tem tendência a retrair-se e/ou a exigir maiores ganhos.

As bolsas de valores, precisamente por estarem agarradas ao 'crack' Keynesiano da criação fictícia de liquidez, a tal expansão da base monetária (QE nos EUA, LTRO, na Europa, Abenomics no Japão, etc.), começaram a cair no minuto em que Ben Bernanke proferiu estas duas frases contraditórias: “have no fear as the economy is bad enough that the Taper will never come” e “the economy is picking-up and that’s great so we don’t need the Fed anymore”. 

Se a economia não melhorar a monetização da dívida prosseguirá (QEn); mas como a economia está a arrebitar, o que é uma boa notícia, deixaremos de precisar da FED. A esta contradição o mercado reagiu com um colapso bolsista global, enquanto o preço das dívidas soberanas foi subindo em toda a parte, com as consequências dramáticas que se conhecem na Turquia e no Brasil. Entretanto a insolvência da Grécia e de Chipre agravam-se, a situação da Islândia agrava-se, e veremos o que vai ocorrer em Itália, Espanha e Portugal nos próximos meses.

Como é evidente, a subida da Euribor, tal como a subida das yields (rendas) dos títulos de dívida pública dos PIIGS*F*UK*R*US (ver tabela das Obrigações a 10 anos) é um sinal cristalino de que a pressão sobre os governos vai aumentar, a pressão fiscal sobre a riqueza real disponível vai continuar elevada ou mesmo agravar-se, e que, portanto, o discurso sobre o crescimento é uma ilusão ou pura demagogia.

O anúncio de Vítor Gaspar, tornado público hoje no Luxemburgo, sobre a possibilidade de a dívida pública portuguesa passar a ser vendida a retalho, é o reconhecimento disfarçado de que a procura dos grandes especuladores para os títulos da dívida pública portuguesa vai simultaneamente diminuir e exigir maiores rentabilidades ao Estado.

A conversa mole do ministro das finanças é pois uma confissão implícita do fracasso rotundo da sua estratégia no modo como aplicou e não aplicou o Memorando da Troika.

Vêm aí tempos mais difíceis ainda e perigosos. As rendas implícitas da dívida soberana portuguesa a dez anos (10Y) estavam hoje nos 6,42%. A 7%, todo o dinheiro que se obtiver por esta via terá que ser pago a dobrar ao fim de 10 anos, ou seja, na maturidade! É este o verdadeiro garrote que está a levar Portugal para a bancarrota. E é precisamente esta bancarrota que é preciso evitar.

O mais provável é o governo incapaz e cobarde que temos colapsar em breve. É possível que um governo de emergência, anti-crise, de salvação nacional, etc., o venha substituir. Mas a dúvida persiste: serão os partidos que conduziram o país para o buraco, capazes de o tirar de lá?

Curiosidade; os yields da dívida soberana brasileira estão nos 11,75!!!


POST SCRIPTUM — A queda das bolsas na Europa é também consequência da decisão do conselho de ministros europeus das finanças esta Quinta-Feira, 21/6, onde ficou assente que antes de recapitalizar um banco europeu em dificuldades, com fundos do Mecanismo Europeu de Estabilidade [ESM], o banco em causa será sujeito a um 'bail-in' semelhante ao de Chipre! 

The Eurogroup has agreed there will be strict eligibility criteria as well as a clear pecking order for the instrument.

— An appropriate level of bail-in will be applied before the bank is recapitalised by the ESM in line with EU State aid rules, and applying of the forthcoming Bank Recovery and Resolution Directive (BRRD) as of the start of the supervision by the SSM.

— A burden-sharing scheme will determine the contributions of the requesting Member State and the ESM in order to cater for the existence of legacy assets and to ensure that incentives remain aligned between the ESM and the requesting Member State.
— €60bn will be the limit on the volume of possible direct bank recapitalisations.

— Potential retroactive application of the instrument will have to be decided on a case-by-case basis and by mutual agreement. Possible cases will have to be discussed and assessed on their own merits once the instrument enters into force — in Eurozone Portal.
 

António Cerveira Pinto 

Última atualização: 23 jun 2013, 10:26

Crise e Partido



A rebelião das massas alastra no Brasil
Carla Dauden: “No, I m not going to the world cup”

As manifestações nas ruas de São Paulo apontam para um distanciamento da forma tradicional de se fazer política. A retumbante vaia, na última segunda-feira, dirigida a um pequeno grupo que portava bandeira de um determinado partido de esquerda, é a expressão de um sentimento de descrédito em relação aos partidos e repúdio a política, sentimento que vai além dos que estavam na manifestação. A percepção de que os partidos, não importa a cor, quando no poder abandonam suas bandeiras transformadoras ou não, e passam a síndicos da burguesia e administradores da crise socioeconômica, girando e manipulando em torno de seus interesses excludentes em relação ao conjunto da sociedade, difunde-se rapidamente principalmente entre os jovens. O movimento que se articula em claro confronto com as formas ardilosas das políticas partidárias, deve estar pondo a velha esquerda em pavorosa ao sentir o mar, que antes navegava e manipulava a vontade, revolto e sem controle — in Rumores da Crise, por Rall.

O problema mesmo é que as massas não se mobilizam por análises, mas sim por causas, necessidades e interesses.

Até agora as guerras e as revoluções ocorreram sempre que houve um prémio à vista. Neste momento não há:(

Logo, espera-nos uma fase de destruição imparável da procura agregada, pois a oferta agregada já não consegue responder à demografia e ao maior poder de reivindicação de uma parte imensa do mundo que, felizmente, se foi libertando da espoliação colonial.

A esquerda, toda a esquerda, está tão aflita como as direitas. Simplesmente não sabem o que fazer, para lá de defenderem com unhas e dentes o património, pequeno ou grande, acumulado. A biopolítica em curso dos diversos grupos sociais e de poder restringe-se cada vez mais a objetivos de defesa imediata dos territórios conquistados.

Encetar um processo de reconstrução partidária talvez seja um caminho viável, apesar de toda a desconfiança legítima existente relativamente aos partidos. É o momento de experimentar uma heurística em volta da refundação das democracias, tendo ainda em vista o papel que os partidos políticos, sobretudo novos partidos políticos, poderão ainda desempenhar, a par das novas instituições da sociedade civil e das redes sociais.


António Cerveira Pinto

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Partido Democrata? Sim!

Isto vai acabar por dar um grande estouro!

Se a democracia se aguentar, vai ser preciso alternativas democráticas ao colapso financeiro, institucional e partidário que se vê claramente no horizonte da tempestade que se aproxima.

A minha aposta vai para a formação dum novo partido, pois não acredito, nem votarei em nenhum dos existentes, sobretudo em nenhum dos que estão sentados na Assembleia da República e foram solidariamente responsáveis pela bancarrota de Portugal.

Eu aposto e estou a trabalhar para formar e afirmar o Partido Democrata. Quem quiser entrar nesta Barca de Noé, será bem-vindo, e bem-vinda.

António Cerveira Pinto

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Começar



Estamos a trabalhar na missão e programa do Partido Democrata

O atual sistema político está bloqueado, e para o regenerar é necessário criar uma nova força política democrática, inovadora, corajosa e realista.

A rede começa a crescer, como as conversas, como as cerejas ;)

A tua decisão é importante, para ti, para nós e para o futuro do país. 


Esperamos pela tua contribuição!

+D