Destituir este regime!
Ao contrário da Grécia, França, Itália ou Espanha, Portugal não gerou ainda qualquer alternativa ou esperança de resposta ao colapso em curso da classe média — nem de extrema-direita, nem de esquerda radical, nem de centro pragmático. As tentativas tíbias nascidas até agora (PDR, Nós Cidadãos e Livre) são promessas centristas mais predispostas a fazerem de muletas do PSD-CDS, ou do PS, do que a proporem uma realidade nova aos portugueses. O PCP —mendigo encapotado do BES e sabe-se lá mais de que outros representantes do grande capital (quem diria!)— está a resvalar perigosamente para a ilegalidade estalinista. Talvez seja o momento de lhe mostrar as tábuas da lei.
Em suma, precisamos de uma alternativa e de liderança nesta curva apertada do país.
El problema de la clase media: por qué nadie planta cara a Podemos
Esteban Hernández. El Confidencial—Blogs de Tribuna, 16-12-2014
El sistema tiende a la implosión. Llega un cambio de época, que reconfigurará el mapa político y acabará con el bipartidismo. La conclusión expuesta por José Antonio Zarzalejos el pasado fin de semana, que debería ser evidente para cualquier observador político con un mínimo de sentido común, está sorprendentemente ausente de los análisis de los partidos principales, e incluso del de algunos emergentes, como es el caso de Ciudadanos, que tampoco han reparado suficientemente en el momento crucial que estamos viviendo.
Este artigo de Esteban Hernández faz um bom resumo do que se passa e não tem solução, a menos que seja uma solução radical, ou, pelo contrário, a implosão seguida de extinção... das classes médias em toda a Europa do sul e sudoeste, da qual poderia resultar uma espécie de nova Idade Média, tecno-fascista, com uma elite de 0,1% de capitalistas, burocratas, sindicalistas e políticos corruptos a reprimir uma demografia com mais de 100 milhões de pessoas.
Em Portugal, uma vez esgotado mais um casamento incestuoso entre 'esquerda' e direita', abençoada pelo coscuvilheiro de Belém, e com a extrema esquerda na posição tradicional de acólitos mal criados do poder, ou teremos já encontrado uma referência política que nada tenha que ver com a corja rendeira e devorista instalada, ou a perspetiva de uma pré-guerra civil poderá surgir no horizonte.
O melhor mesmo é criar um movimento da classe média —a que ainda não faliu, a falida e a que caminha para da falência— com uma só bandeira de ação: defender as classes médias da extinção anunciada!
Para tal será necessário redefinir o contrato social, será necessário mudar a ecologia democrática, será necessário fazer uma revolução institucional, será necessário, para não perdermos mais tempo com quem já não tem emenda possível, rejeitar o regime corrupto que levou Portugal até à bancarrota financeira, ética e social.
Temos um ano para colocar na agenda das prioridades políticas de 99% dos portugueses este plano de sobrevivência da economia, da democracia e da liberdade.
A denominação «Partido Democrata» constitui, em si mesma, um pontapé na gramática. Pontapé generalizadíssimo, de resto, e que o Espanhóis e os Franceses também praticam à farta. «Democratas» são as pessoas que fazem a apologia ou têm uma conduta e ideário que propugna a Democracia. Palavras como «Partido», «Democrata» e «Democracia», «Social-Democrata» e «Social-Democracia» «Pátria» e «Patriota», «Entusiasmo» e «Entusiasta», são, morfologicamente, SUBSTANTIVOS. Já as características, os sentimentos e atributos aos mesmos relativos, isto é, os ADJECTIVOS, são «democrático», «social-democrático», «patriótico», «entusiástico»... A expressão correcta é, pois, «Partido Democrático», como o dos EUA, o Partido Social-Democrático da Alemanha (SPD», a União Cristã-Democrática (CDU) da Frau Merkel, ou o Partido Democrático Livre (FDP), quando correctamente traduzidos, ao arrepio da tendenciazinha tuga para as derivas do analfabetismo, mui sintomaticamente presentes em denominações do tipo do «Partido Social Democrata» ou «Partido Democrata», que traduzem, decerto involuntariamente, uma séria advertência para que se não passe cartucho eleitoral ao analfabetismo. Ora corrijam lá as denominações, pondo-as em Português como deve de ser. Depois então poderá falar-se no resto.
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