quarta-feira, 17 de abril de 2013

Fisco, confisco, revolta

Metamorfose. Franz Kafka ilustrado por Peter Kupper (pormenor)

O excesso fiscal é um íman de revoltas

A efetiva carga fiscal resulta em confisco estatal. Apropria a vários títulos 50% dos rendimentos do trabalho, igualmente tende para apropriar 25% de tudo o que resulta do lucro das empresas, não anda longe de atingir 25% de tudo o que o cidadão consome, e juntando a tudo isto, 25% de outros rendimentos: os prediais ou de simples uso de poupança aplicada em imobiliário. Quase tudo isto guarnecido de imposto de selo, o que bem somado e observado são dentadas em tudo o que mexe.

O aparelho de poder atingiu níveis de uma insuportável ocupação da democracia através de forças políticas que não cumprem aquilo que prometem e que se sucedem sem respeito pela palavra dada em eleições ditas democráticas.

Impostos sobre a cidadania, impostos sem contra partidas ao nível da educação, da saúde, da segurança, do ambiente, etc., são reflexo de uma tirania fiscal sem sentido por parte das incompetentes ditaduras partidárias do nosso sistema político, só formalmente democrático, pois agem sem mandato verdadeiramente representativo. Tiranos sem vergonha.

O crescente nível de incompetência, sem adequada responsabilização dos episódicos gestores políticos, está a contribuir para um definhamento da própria comunidade política, porque com indivíduos irresponsáveis, sem sustentação pela experiencia do trabalho, apenas se agravará a lei pré-política da submissão dos mais fracos por autocráticos e burocratizados agentes.

As forças vivas não tardarão a ocupar o presente vazio da república que ameaça os mínimos vitais de uma existência digna.

É necessário talento, clarividência e muito trabalho para mudar em profundidade a triste realidade política, social, cultural e económica.

É urgente estruturar os processos, reorientar os fins do Estado, proteger a comunidade do abuso fiscal e da miséria.

©Armando Ramalho

Sem comentários:

Enviar um comentário